quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DIGA NÃO AO SAERJINHO.

O GOVERNO ESTADUAL PRETENDE APLICAR MAIS UMA
VEZ O “SAERJINHO”. Gostaríamos de explicar as razões pelas
quais decidimos lutar contra este
instrumento do governo e contra o
Plano de Metas que hoje define as
políticas públicas em
educação no Nosso
Estado.
Ao propor o boicote às
provas do “SAERJinho”,
não pretendemos
impedir um diagnóstico
dos problemas
da educação estadual.
Pelo contrário, queremos
denunciar que
esta prova não serve para isso e tem, na realidade, outros objetivos.
O sentido do SAERJinho se revela no próprio site oficial da SEEDUC:
“Com este retrato será possível ajustar as práticas docentes à
realidade dos estudantes”
os modos de ensinar, as formas de
aprender e os múltiplos saberes
de estudantes e educadores, o
Plano de Metas mata o sentido
público da educação pública.
Boicotamos o “SAERJinho” porque
acreditamos que Escola não é
fábrica e educação não é mercadoria.
Propusemos ao economista/
secretário, por diversas vezes
a abertura de um debate franco e
democrático sobre estas questões,
mas até agora, nada foi marcado.
Nos resta, portanto, lutar decisivamente
contra mais esta prova e
paralisar nossas atividades no dia
de sua realização.
QUE REALIDADE?
1. O SAERJinho é parte importante
do Plano de Metas apresentado
pelo atual secretário de educação,
o economista Wilson Risolia no
início do ano de 2011.
2. Um dos eixos principais do
Plano de Metas é a meritocracia.
Isto significa que o resultado
desta e de outras avaliações externas
será utilizado para “premiar ou punir”
professores e funcionários de
acordo com o seu resultado, estabelecendo
uma lógica de remuneração
variável.
3. O SAERJjinho é, portanto, um
componente de uma avaliação
classificatória que pretende estabelecer
salários diferentes de acordo
com a produtividade de cada escola,
escondendo que este sistema já deu
errado em vários lugares como Chile,
EUA ou São Paulo.
4. Já fracassou aqui no Rio também,
com o “finado” Programa
Para além de boicotar o SAERJinho,
é preciso avançar em propostas que
representem, de fato, um diagnóstico
da rede e um processo de superação
dos problemas atualmente enfrentados
pelas escolas estaduais. Além de
suspender imediatamente as provas
previstas no Plano de Metas, propomos
as seguintes medidas iniciais:
1) Fim da política de bonificações
prevista para 2012 e a utilização
destes recursos em efetiva melhoria
salarial de todos os profissionais
da educação.
2) Abertura de um processo de
discussão democrática para o estabelecimento
das condições necessárias
para uma efetiva educação de
qualidade e a negociação das metas
de curto, médio e longo prazos para
a universalização destas condições.
3) Valorização do processo de
construção do projeto políticopedagógico
de cada escola, de
modo a permitir que as diversas co-
Nova Escola do governo Garotinho.
5. O SAERJinho não é um instrumento
para avaliar as políticas
públicas em educação no Rio
de Janeiro, mas apenas um instrumento
de pressão e responsabilização
dos profissionais da educação.
6. Ao fazer do resultado de uma
prova, o ponto de partida para um
processo de responsabilização dos
profissionais sem questionar de
quem é a responsabilidade por décadas
de descaso e desmonte da escola
pública, o governo transfere a sua
responsabilidade para os profissionais
da educação e condena as escolas
a continuarem na atual situação.
7. Ao ameaçar impor a nota do
“SAERJinho” como parte da nota
dos nossos alunos interfere de maneira
autoritária no nosso trabalho,
objetivando transformar professoras
e professores em meros “entregadores”
de conhecimentos prontos.
munidades escolares realizem um
diagnóstico da sua situação e discutam
as maneiras de superar as adversidades
presentes em cada realidade.
4) Construção democrática de
mecanismos de controle social,
em especial, dos conselhos escolares,
fóruns regionais e do próprio Fórum
Estadual de Educação como espaços
mais amplos do processo de avaliação
das políticas públicas em educação
no Estado do Rio de Janeiro.
Muitas vezes, é preciso remar contra
a maré e provar que o pensamento
único não venceu, para manter vivas
nossas esperanças em uma educação
e num mundo melhor. O
SEPE continuará na luta contra todos
os projetos que tentarem subordinar
educadores e professores às
regras do mercado excludente. Venham
de onde vierem, tais projetos
terão respostas nas nossas lutas. E
temos orgulho de cada uma delas.

Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro
Tel. 2195-0450 - http://www.seperj.org.br/

Um comentário:

  1. DIGA NÃO AO SAERJINHO. Eu digo não. Não estarei na escola no dia da prova e já aconselhei meus alunos a não fazê-la. Mas como não colocá-la na minha avaliação, já que saiu no Diário Oficial, que a prova será obrigatoriamente, usada na avaliação bimestral? Nós, Professores de Matemática e Língua Portuguesa temos algum amparo legal para não usarmos a tal prova na nossa avaliação? Eles estão procurando nos amarrar de todos os lados. É gente. Vai ser paulada, vindo de todos os lados, principalmente numa terrinha como a minha, onde os babões além de aplicar a prova, ainda vão estimular os alunos a fazê-la. Eu vou dar nota máxima de 1,0 ponto e esse ponto, só para quem acertar +de 20 questões, e para os que faltarem, APENAS os que faltarem a prova, terão direito a uma “prova” de 2ª chamada. (com o conteúdo que estamos estudando). Resumindo. Meus alunos já sabem o que é melhor para eles. - E lá vamos nós virar “boi de piranha” mais uma vez!!!!!!!!

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